segunda-feira, 19 de maio de 2008

Qual será o futuro do Galo nos próximos 100 anos?


O Clube Atlético Mineiro completou no último mês de abril 100 anos de uma história gloriosa de títulos e conquistas. Mas nos últimos as não andam muito boas para o Galo. O time sofreu com a queda para a 2ª divisão do campeonato brasileiro em 2005. A equipe conseguiu dar a volta por cima no ano seguinte, foi campeão da série B e em 2007 conquistou o campeonato mineiro, saindo de uma fila que já durava 5 anos e com uma grande vitória por 4x0 no 1º jogo da final contra o arqui-rival Cruzeiro. E no final da temporada, o time garantiu uma vaga para a disputa da copa Sul-Americana.
Porém 2008, ano do centenário do clube, não está sendo nada animador para o torcedor atleticano, mesmo com a volta do ídolo Marques e a chegada do servo Petcovick. Após a perda do campeonato estadual de forma humilhante para o Cruzeiro - o time foi derrotado no 1º jogo da final por 5x0 e depois uma nova derrota desta vez por 1x0 – a equipe foi eliminada nas quartas de finais da Copa do Brasil pelo Botafogo. Assim como no ano passado, o Galo empatou em 0x0 no Mineirão e foi derrotado no Rio de Janeiro por 2x0, desta vez sem a intervenção do árbitro.
Pelo Campeonato Brasileiro, que começou há duas semanas, o time em dois jogos conseguiu apenas dois empates: contra os reservas do Fluminense no Mineirão e contra o Goiás em Goiânia, depois de estar perdendo por 1x0. O Galo ocupa apenas a 13ª colocação no campeonato. É claro que é muito cedo pra fazer alguma projeção do que vai acontecer até o final da temporada, mas o torcedor já começa a lembrar 2005 e temer o fantasma do rebaixamento.
Na opinião do atleticano Silas Maia, supervisor administrativo, o Galo não tem hoje um time competitivo para brigar pelo título do brasileirão, nem sequer por uma vaga na Libertadores da América. Para ele, no mínimo o time vai correr atrás de uma vaga na Copa Sul-Americana ou para se manter na 1ª divisão do campeonato nacional. Para o futuro, ele acha que a solução para o Atlético voltar a brigar por títulos seria mudar radicalmente a administração do Clube. Já o comentarista da Rádio CBN – Belo Horizonte, Mário Marra, o Atlético está no caminho certo pra voltar a ser “grande”, sanando as dívidas, valorizando o trabalho das categorias de base. Porém no atual momento, segundo ele, o time vai brigar pra não cair no Brasileiro e não passa nem da 1ª fase da Copa Sul-Americana.
Após a saída do treinador Geninho e as tentativas frustradas em Levir Culpi e Emerson Leão, o nome da vez é de Alexandre Gallo. O treinador de 40 anos que já foi jogador do Atlético e estava no Figueirense pode ser anunciado nos próximos dias na cidade do Galo como novo comandante para o decorrer do Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

A grande Final



GLOBOESPORTE.COM Em São Paulo

Depois da vitória (1 a 0) na primeira partida final do Campeonato Paulista, domingo passado em Campinas, o Palmeiras é ainda mais favorito ao título. Dono da melhor campanha, do melhor ataque e do melhor elenco do estadual, o Verdão será campeão, neste domingo no Palestra Itália, mesmo que perca da Ponte Preta por um gol de diferença.

Para a Macaca, só resta fazer gols. Para ser campeã paulista pela primeira vez, a Ponte precisa vencer por diferença mínima de dois gols. Para isso, a aposta é nos seus principais jogadores que não puderam atuar na partida de ida. O meia Renato tem volta certa, e Elias e César podem aparecer no time.

O GLOBOESPORTE.COM comparou os finalistas e o Verdão leva vantagem. A Ponte, mesmo reforçada, consegue algumas igualdades, mas o Palmeiras tem mais qualidade e por isso, além da enorme vantagem do regulamento, é o favorito.

O caso Isabella 2





Se você fosse o editor de um jornal, qual critério usaria para definir o que o público deve ou não saber sobre o caso Isabela? Algumas considerações para ajudar:

1)Uma menina ser jogada pela janela de um prédio é um fato de interesse público e precisa, infelizmente, ser noticiado. A sociedade só evolui ao se confrontar, sem filtros, com seu lado negro. Isso gera debates, novas idéias, soluções e é assim que o mundo evolui...

2) Publicar que a Justiça decretou a prisão preventiva do pai e da madrasta também é fato de interesse público que precisa ser divulgado.

3) Noticiar de forma correta e jornalística tal fato, ouvindo todos os lados, não é “condenar” ambos, mas divulgar um fato de interesse público: foi a Justiça que condenou e não a mídia.

4) Se o povo não entende o que é prisão preventiva, já acusando os dois pela morte da menina, cabe ao jornalismo explicar de forma clara. Mas cabe à sociedade educar os cidadãos para que entendam que prisão preventiva não significa culpa.

5) O jornalista também têm a obrigação de “colocar a Justiça contra a parede”: com que base tal prisão preventiva foi decretada? Não estaria acontecendo aí uma injustiça? E mostrar no jornal essa incerteza de forma tão forte e clara quanto mostra o fato da prisão.

Mas nada justifica transformar a história de sofrimento de uma criança em enredo de dramalhão mexicano para ganhar audiência. Isso é sujeira. E jornalista que se presta a isso não é jornalista. E aí sim temos o jornalismo ruim. Temos uma menina que continua sofrendo nas mãos dos roteiristas da tragédia humana. Deixem a Isabela em paz.


Texto do comunicador Luciano Pires apresentado no programa de rádio Transnoticias, da rádio Transamérica FM.